Informação é de que 90% dos trabalhadores no Rock in Rio são de fora do estado
A CPI da Transparência da Alerj propôs a criação de um projeto de lei para que grandes eventos no Rio de Janeiro, como o Rock in Rio, priorizem a contratação de mão de obra local. A proposta surgiu após a Comissão ser informada de que 90% dos trabalhadores no festival são de fora do estado.
O presidente da CPI, deputado Alan Lopes, criticou essa situação: “É uma falta de respeito com o estado que recebe o evento de braços abertos. Os empregos deveriam ser prioritariamente para os residentes do Rio”.
Além disso, a reunião discutiu outros temas como segurança, concessão de ingressos e melhorias no atendimento ao público em grandes eventos. A CPI também planeja criar uma lei para coibir o acesso de autoridades a áreas VIP e a distribuição de ingressos gratuitos.
O plano para o Rock in Rio inclui 30% mais policiamento, drones com reconhecimento facial, e uma delegacia especial no local para agilizar o atendimento de ocorrências.
Reforço na segurança
Diante dos questionamentos do colegiado em relação à segurança no Rock in Rio, o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, enumerou as medidas adotadas em relação ao festival. Segundo ele, haverá um aumento de 30% no policiamento em relação à edição de 2022, num total de 750 policiais atuando diariamente com foco especial nas áreas externas e nas vias de acesso ao evento.
Ainda de acordo com o secretário, o plano de segurança também inclui a instalação de torres de observação, pontos de bloqueio e uso de drones com câmeras com reconhecimento facial. “O nosso esforço é garantir que a segurança pública esteja à altura de um evento dessa magnitude. Sabemos da importância de proteger tanto o público quanto o entorno”, comentou Menezes.
Já o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, informou a criação de uma delegacia no interior do evento para agilizar o atendimento de ocorrências, em conjunto com o Juizado Especial Criminal e o Ministério Público. Ele disse também que agentes civis estarão distribuídos em pontos chave da Cidade do Rock com tablets para atendimento, especialmente em casos envolvendo violência doméstica e outras vítimas vulneráveis.
Além de Abel, Travancas, Menezes, Curi e Salles, estiveram presentes os secretários das seguintes pastas: Gustavo Tutuca, do Turismo; Gutemberg Fonseca, de Defesa do Consumidor; Danielle Barros, de Cultura e Economia Criativa; e Rodrigo Castro, de Eventos e Relações Institucionais.